quinta-feira, 28 de abril de 2011

O fabuloso destino de Amélie Poulain


São tempos difíceis para os sonhadores

      Você sabe o que é ter ojeriza a alguma coisa? Desculpe a minha ignorância, mas eu tenho ojeriza a filme francês... Não sei explicar, mas todos eles parecem chatos, cansativo e cabeça demais e só de saber que é francês já me dá desânimo! Mas eu sempre ouvi falar muito bem desse filme e sempre quis assistir, até saber disso, né... Mas então pensei... “por que não dar uma chance a Amélie?” E não é que eu tive uma feliz surpresa!

            O filme já me surpreendeu logo de início! Com uma narração corrida igual de desenho animado os personagens do filme vão sendo apresentados, e com direito até de dizer do que eles mais gostam e do que menos gostam. Acho que a graça disso é apresentar prazeres tão banais (como estourar bolinhas de plástico) como algo fundamental em uma primeira apresentação. Porque o filme inteiro fala do valor dos pequenos prazeres,  de como pequenos atos podem mudar a nossa vida.

           Amélie cultiva um gosto especial pelos pequenos prazeres: mergulhar a mão em sacas de grão, partir a cobertura do crème brûlée com a ponta da colher e jogar pedras no rio... Ela vive num universo meio retrô de cores gritantes que praticamente pulam na nossa cara! Um trabalho incrível de fotografia, por sinal!

           Amélie é uma sonhadora que desde criança encara o mundo com suas próprias lentes... mas quando adulta descobre que através de pequenos gestos pode melhorar a vida das pessoas ao seu redor, então se lança nesse propósito e numa dessas ela acaba encontrando um rapaz por quem se apaixona a primeira vista... e daí surgem criativas cenas que demonstram sua hesitação em tomar uma iniciativa, como a cena fofa do parque!

          Ahhh, adorei a cena em que ela está cozinhando e imagina o Nino subindo as escadas! É engraçado a dor que causa a saudade de algo que nunca se teve!

          É engraçado também, ver como tomar decisões para os outros é mais fácil do que pra nós mesmos... Amélie se lança em arrumar a vidas dos outros e não sabe como arrumar a desordem da sua própria vida. Pois quando diante do seu “fabuloso destino”, que é nada mais nada menos do que tchan tchan tchan: O AMOR( ! ), ela hesita! Mas em seguida recebe esse belo conselho de seu vizinho, conhecido como homem de vidro por ter os ossos fracos:

“Então, pequena Amélie, os teus ossos não são feitos de vidro. Podes levar algumas pancadas da vida. Se deixares escapar esta oportunidade, eventualmente o teu coração vai ficar tão seco e quebradiço como o meu esqueleto. Então, vai apanhá-lo!”

          Ninguém quer ter o coração seco e quebradiço, né! Então ela fica com o Nino e o final é um daqueles bem felizes! Casandos? Que nada! Andando de bicicleta! Primeiro que é na França, e lá só dá bicicleta; segundo, lembra que o filme fala dos pequenos prazeres?! Quer final melhor?!

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Hoje eu me sinto assim...

         Aqui vai a letra da música "Free" do Switchfoot, uma banda  gospel/alternativa americana. Esta música fala sobre uma prisão. Essa prisão é nosso próprio corpo, nossa mente... e quem nunca se sentiu preso em si mesmo?! O Switchfoot sempre tem composições conscientes e poéticas, e esse refrão não deixa por menos: "Eu ainda acredito que você pode, Me salvar de mim. Venha me fazer livre, Venha me fazer livre. Dentro dessa pele, Há uma cela de prisão"...

Free
I've got my back against the wall
But I still hear the blue sky call

The chains that hold me back inside
Are the prisons of my mind

Free,
Come set me free
Down on my knees
I still believe you can
Save me from me
Come set me free
Come set me free
Inside this shell
There's a prison cell 

I try to live the light of day
Why would I do what I hate

But when I try to reach above
I only hurt the ones I love

There's a hole in the neighborhood
Where the shadows fall

There's a hole in my heart but my hope
Is not in me at all

Broken, broken, broken open.
Free


Se quiser ouvir, está aqui o video. Bjo, Família..

terça-feira, 26 de abril de 2011

Primeiro Post

Oi, Família!  Logo no primeiro Post a gente nunca sabe muito bem o que vai escrever, né... a gente quer ser criativo, inovador, e blá blá, mas sempre fica na dúvida se vai falar boberira ou não... então o melhor é ser sincero... : )  Sendo assim, como eu ainda não tive nenhuma idéia genial (se é que esse dia chegará rs) vou postar aqui o meu querido e batido texto "Penso que penso", primeiro porque eu gosto muito dele; segundo, eu iria postá-lo mais cedo ou tarde; e terceito, já que não tenho nenhuma idéia melhor, por enquanto (!!), eu já posto ele logo^^... Foi sincero, não foi?!  É isso aí, família! espero vocês aqui acompanhando minhas idéias... bjo para todos!

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Penso que penso

Certa vez eu li em um livro que “pensar não é uma opção do homo sapiens”. Isso me fez pensar. Por um momento me senti sem liberdade. Sou escrava dos meus pensamentos. Tentei não pensar. Logo percebi que enquanto eu tentava não pensar eu dizia mentalmente: “eu consigo, eu consigo...”, então eu desisti.
Tentar não pensar me causou um turbilhão de pensamentos. Mas pensando bem, por que resistir aos pensamentos? O livro orientava a aprender gerenciar os pensamentos, mas eu não quero gerenciá-los, deixe-os fluir naturalmente, sem compromisso, ao acaso...
Os pensamentos vêm tão rápidos e um puxa o outro. Tem gente que tem dificuldade para pensar, eu penso melhor quando estou no banho. Acho que a idéia de ‘fluir’ tem haver com a água. Água que evapora que vira nuvem que fica no... O céu.
Adoro olhar o céu, principalmente a noite, a hora das estrelas. As estrelas, espelhos do passado, elas estão tão distantes de nós que sua luz percorre o universo durante anos até chegar à superfície da Terra. A luz que nasceu quando eu tinha oito só verei aos meus vinte. Algumas estrelas já até morreram, mas sua luz continua chegando e chegando...
O passado me faz pensar na brevidade do meu hoje que se converte em passado a cada segundo. O tempo. Devorador de famílias e crianças inocentes.
A ampulheta é sarcástica, a cada grão que cai anuncia o fim de tudo e o seu determinado fim. Pó. Grão é o que sou, no meio de tantos outros que passam por um buraquinho... Pronto, morri.