quarta-feira, 11 de maio de 2011

Se não há outro jeito!


Olha, devo confessar que está se aproximando o dia (01/06/2011) de ir ao Médico  para retirar os ferrinhos do meu pé... e eu estou... MORRENDO DE MEDO!!!!!! Toda hora eu penso coisas do tipo: "Aiiii...Eu não queria estar no meu lugar nessa hora! ", e também: "Não tinha outra pessoa pra eu ser, não?! " , ou então: " Não acredito que vou ter que passar por isso! "..
Mas O DIA inevitávelmente vai chegar e eu terei de ser forte, porque realmente não dá pra evitar e fugir..rs mesmo que eu quisesse..rrsrsrs Mas já passei por coisas piores, né! (eu que o diga!) Com Fé em Deus tudo vai dar certo! Já deu, né... nem é nada demais comparado à cirurgia! mas só fato dessa vez estar consciente já me mata de medo! rsrsrs Ops, eu estava tentando ser positiva! That's not a big deal!! Vai dar tudo certo! É isso aí...

domingo, 1 de maio de 2011

Apneia

Eu me sinto agora como alguém que estivesse se afogando. Nesse exato momento eu sinto que fiquei submersa por algum tempo e esse tempo pareceu uma eternidade em que estive presa à pressão da água, que me oprimia por todos os lados possíveis querendo entrar em meus pulmões... me fazer sucumbir. Enquanto estive submersa parecia que eu tinha perdido a consciência, que eu havia perdido a energia pra lutar e me conformado com a força coerciva que me cercava. Estava presa e não tinha conhecimento disso. Até que uma onda quebrou na minha cabeça, me fez rodopiar, e sem aviso me lançou de volta a superfície. Então, de repente, eu respirei. Enchi meus pulmões de ar e por um momento tive a noção do que estava acontecendo comigo, eu pude avaliar o meu estado. Estava molhada, maltrapilha, desfalecida pelas forças do mar, pelas ideologias, pelo senso comum, pelas desilusões. Eu vi o quanto eu estava desgastada e ao olhar em volta, tive uma surpresa, vi varias outras pessoas se afogarem também, algumas poucas lutavam contras as ondas, uma grande maioria já estava há muito submersa, já tinham desistido há muito e isso eu podia dizer a julgar o quanto já tinham avançado na profundidade do oceano.  Bati os braços, eu queria saber como eu havia chegado até ali. Quando foi que eu parei de acreditar?... Ao passo que lembrava eu voltei a afundar...

quinta-feira, 28 de abril de 2011

O fabuloso destino de Amélie Poulain


São tempos difíceis para os sonhadores

      Você sabe o que é ter ojeriza a alguma coisa? Desculpe a minha ignorância, mas eu tenho ojeriza a filme francês... Não sei explicar, mas todos eles parecem chatos, cansativo e cabeça demais e só de saber que é francês já me dá desânimo! Mas eu sempre ouvi falar muito bem desse filme e sempre quis assistir, até saber disso, né... Mas então pensei... “por que não dar uma chance a Amélie?” E não é que eu tive uma feliz surpresa!

            O filme já me surpreendeu logo de início! Com uma narração corrida igual de desenho animado os personagens do filme vão sendo apresentados, e com direito até de dizer do que eles mais gostam e do que menos gostam. Acho que a graça disso é apresentar prazeres tão banais (como estourar bolinhas de plástico) como algo fundamental em uma primeira apresentação. Porque o filme inteiro fala do valor dos pequenos prazeres,  de como pequenos atos podem mudar a nossa vida.

           Amélie cultiva um gosto especial pelos pequenos prazeres: mergulhar a mão em sacas de grão, partir a cobertura do crème brûlée com a ponta da colher e jogar pedras no rio... Ela vive num universo meio retrô de cores gritantes que praticamente pulam na nossa cara! Um trabalho incrível de fotografia, por sinal!

           Amélie é uma sonhadora que desde criança encara o mundo com suas próprias lentes... mas quando adulta descobre que através de pequenos gestos pode melhorar a vida das pessoas ao seu redor, então se lança nesse propósito e numa dessas ela acaba encontrando um rapaz por quem se apaixona a primeira vista... e daí surgem criativas cenas que demonstram sua hesitação em tomar uma iniciativa, como a cena fofa do parque!

          Ahhh, adorei a cena em que ela está cozinhando e imagina o Nino subindo as escadas! É engraçado a dor que causa a saudade de algo que nunca se teve!

          É engraçado também, ver como tomar decisões para os outros é mais fácil do que pra nós mesmos... Amélie se lança em arrumar a vidas dos outros e não sabe como arrumar a desordem da sua própria vida. Pois quando diante do seu “fabuloso destino”, que é nada mais nada menos do que tchan tchan tchan: O AMOR( ! ), ela hesita! Mas em seguida recebe esse belo conselho de seu vizinho, conhecido como homem de vidro por ter os ossos fracos:

“Então, pequena Amélie, os teus ossos não são feitos de vidro. Podes levar algumas pancadas da vida. Se deixares escapar esta oportunidade, eventualmente o teu coração vai ficar tão seco e quebradiço como o meu esqueleto. Então, vai apanhá-lo!”

          Ninguém quer ter o coração seco e quebradiço, né! Então ela fica com o Nino e o final é um daqueles bem felizes! Casandos? Que nada! Andando de bicicleta! Primeiro que é na França, e lá só dá bicicleta; segundo, lembra que o filme fala dos pequenos prazeres?! Quer final melhor?!